Tecnologia Assistiva
Da Pedagogia
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Nome: Ana Paula Costa
Cargo: Redatora
Formação: Professora(atuando na Educação Infantil na prefeitura do Rio de Janeiro)
Mini-currículo: Formada em Professora. Atualmente curso Licenciatura em Pedagogia pelo consórcio Cederj na cidade de Piraí.
Função: Escrever reportagens sobre Informática na Educação.
O que é Tecnologia Assistiva?
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Conceito
Tecnologia Assistiva É um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover Vida Independente e Inclusão.
É também definida como "uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas encontrados pelos indivíduos com deficiências" (Cook e Hussey • Assistive Technologies: Principles and Practices • Mosby – Year Book, Inc., 1995).
No Brasil, o Comitê de Ajudas Técnicas - CAT, instituído pela PORTARIA N° 142, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2006 propõe o seguinte conceito para a tecnologia assistiva: "Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social" (ATA VII - Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) - Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE) - Secretaria Especial dos Direitos Humanos - Presidência da República).
O termo Assistive Technology, traduzido no Brasil como Tecnologia Assistiva, foi criado em 1988 como importante elemento jurídico dentro da legislação norte-americana conhecida como Public Law 100-407 e foi renovado em 1998 como Assistive Technology Act de 1998 (P.L. 105-394, S.2432). Compõe, com outras leis, o ADA - American with Disabilities Act, que regula os direitos dos cidadãos com deficiência nos EUA, além de prover a base legal dos fundos públicos para compra dos recursos que estes necessitam.
Os Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob medida utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com deficiência. Os Serviços, são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com deficiência a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos.
Como se organiza o serviço de tecnologia assistiva na perspectiva da educação inclusiva?
No atendimento educacional especializado, o professor fará, junto com o aluno, a identificação das barreiras que ele enfrenta no contexto educacional comum e que o impedem ou o limitam de participar dos desafios de aprendizagem na escola. Identificando esses "problemas" e também identificando as "habilidades do aluno", o professor pesquisará e implementará recursos ou estratégias que o auxiliarão, promovendo ou ampliando suas possibilidades de participação e atuação nas atividades, nas relações, na comunicação e nos espaços da escola.
A sala de recursos multifuncional será o local apropriado para o aluno aprender a utilização das ferramentas de tecnologia assistiva, tendo em vista o desenvolvimento da autonomia. Não poderemos manter o recurso de tecnologia assistiva exclusivamente na sala multifuncional para que somente ali o aluno possa utilizá-lo.
A tecnologia assistiva encontra sentido quando segue com o aluno, no contexto escolar comum, apoiando a sua escolarização. Portanto, o trabalho na sala se destina a avaliar a melhor alternativa de tecnologia assistiva, produzir material para o aluno e encaminhar estes recursos e materiais produzidos, para que eles sirvam ao aluno na escola comum, junto com a família e nos demais espaços que frequenta.
São focos importantes do trabalho de tecnologia assistiva na perspectiva da educação inclusiva:
- a tecnologia assistiva numa proposição de educação para autonomia,
- a tecnologia assistiva como conhecimento aplicado para resolução de problemas funcionais enfrentados pelos alunos, e
- a tecnologia assistiva promovendo a ruptura de barreiras que impedem ou limitam a participação destes alunos nos desafios educacionais.
A tecnologia a favor dos deficientes
Tecnologia para portadores de deficiência visual
Os ledores de tela
Para um cego, ao contrário do que se possa pensar, a internet também facilita a vida. Existem equipamentos chamados "ledores de tela", que lêem os códigos da web e os reproduzem sonoramente por meio de sintetizadores de voz. Os cegos, precisam, no entanto, aprender códigos como o html, em que certas páginas são escritas, para entendê-las de todo.
O problema do acesso desse tipo de deficiente ao mundo digital não é pequeno, pois é difícil convencer todos os produtores de conteúdo na web a usarem códigos acessíveis à leitura dos cegos. Certos webdesigners precisam de linguagens complicadas para aplicar cores variadas, formas e gráficos complexos em sites.
As páginas de bancos, cujos gráficos de cotação da bolsa e outras atividades econômicas costumam ser muito elaborados, são praticamente ilegíveis desta forma. O aproveitamento do serviço bancário online seria essencial para ao conforto de um cego, pois este poderia pagar suas próprias contas sem sair de casa, reduzindo a possibilidade de ele ser logrado por outrem ou perder a privacidade.
Há um serviço de busca no Google chamado Accessible Search (Busca Acessível) que organiza os sites em ordem de simplificação de linguagem, facilitando o uso dos ledores de tela.
Serviços de transcrição
Existem empresas, geralmente vinculadas a associações de deficientes visuais, que oferecem serviços de transcrição feitos por profissionais. Eles transcrevem de e para braile. O serviço funciona inclusive pela internet.
O serviço de correios também o faz, de modo que deficientes visuais de todo o país podem enviar e receber suas correspondências na sua linguagem própria gratuitamente. A Central Braille funciona em Belo Horizonte, no segundo andar da Agência JK dos Correios, já que a idéia do projeto partiu deste estado. Esse é um bom artifício para poupar o cego de ter que pedir a alguém para ler e escrever suas cartas. O serviço não implica na violação de correspondência pois as cartas são encaminhadas para uma caixa postal específica e reservada, além do interesse do remetente na leitura do tradutor.
Inovações tecnológicas para os deficientes auditivos
Dicionário DigitalA Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação (MEC) produziu o Dicionário Digital na Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, no formato CD-Rom. Foram distribuídos cerca de 15 mil dicionários para todo o país. Espera-se que cerca de 50 mil estudantes de escolas públicas brasileiras utilizem o material. O CD-Rom apresenta as palavras em movimento na Língua de Sinais. Este produto foi criado para auxiliar a capacitação de professores que irão trabalhar com alunos deficientes auditivos do Ensino Fundamental.